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Amarelo: a cor da vida

Amarelo é o símbolo de luz, calor, descontração, otimismo e alegria. O amarelo simboliza o sol, o verão, a prosperidade e a felicidade. É uma cor inspiradora e que desperta a criatividade. Estimula as atividades mentais e o raciocínio¹. Com essa breve descrição já se pode pensar o que levou essa cor a ser símbolo da campanha Setembro Amarelo encerrada dia 30 de setembro.


Iniciada em 2015, a campanha busca conscientizar e prevenir o suicídio. Uma iniciativa do CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) que aos poucos vem ganhando a adesão de outras instâncias sociais.


Gostemos ou não de pensar no assunto, o suicídio já é um problema de saúde pública. A cartilha Falando Abertamente sobre Suicídio, lançada pelo CVV², revela que 32 brasileiros morrem por dia vítimas de suicídio e 17 % brasileiros já pensaram em dar fim a própria vida. Desses, 4,8% já elaboraram planos para se matar. A mesma cartilha nos convida a pensar que em uma sala com 30 pessoas 5 delas já pensaram em suicídio. E ainda, que a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, o que totaliza quase 1 (um) milhão de pessoas todos os anos e a uma estimativa de 10 a 20 milhões de pessoas por ano. No Brasil a média de suicídios é de 6 a 7 mortes por cada 100 mil habitantes. Número menor do que a média mundial de 13 a 14 mortes por 100 mil habitantes.


O que poderia ser uma boa notícia perde o seu valor quando sabemos que no Brasil essa média vem crescendo ao longo dos últimos anos, com o maior número de casos acontecendo principalmente entre jovens de 15 a 25 anos. Uma noticia nada agradável, mas facilmente percebida por aqueles que trabalham com essa população.


Vale lembrar que os impactos desse mal estar são ampliados aqueles que estão ao redor. Embora quem pense em se matar tenda a se sentir solitário e isolado, de fato, na sua maioria, essas pessoas não estão sozinhas no mundo. Dados do CVV apontam que a cada suicídio de 6 a 10 pessoas são diretamente impactadas, gerando consequências difíceis de serem reparadas, ao redor.


Como outros temas polêmicos, o suicídio tem sido um mal silencioso, calado por tabus e preconceitos. A morte, presente o tempo todo nessa questão, não costuma ser assunto dos mais cotados para o bate-papo entre amigos. Da mesma forma, não há muitos espaços sociais para falar de angústias e incertezas. Exatamente esse silêncio, segundo a campanha, impede a percepção dos sinais e os pedidos de ajuda. Nas imagens silenciosas de uma cultura narcísica nos tornamos isolados entre nossas angústias e tristezas em um mundo globalizado, mas paradoxalmente mais solitário.

 

O tempo, tão imprescindível para o viver,

torna-se cada vez mais escasso.

 

A boa nova é que segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que haja condições mínimas para ajuda voluntária ou profissional. E mais uma vez, a melhor forma de prevenção é a informação. Conhecer as principais causas e a forma de ajudar é de suma importância para essa e qualquer situação. Falar, como disse o slogan da campanha, é a melhor solução. E essa, sem dúvida, foi a melhor informação dessa ação.

Que se fale mais! E que venha outubro com suas tonalidades cor de rosa!


 

Para citar esse artigo:


MENDES, Marisa F.. Amarelo: a cor da vida. Rio de Janeiro, 02 out 2017. Disponível em: https://www.marisa-mendes.com/single-post/amarelo-a-cor-da-vida Acesso em:


Para saber mais:




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